Capítulo 02
Lugo

O Minho abre caminho perante o olhar atento dos seus habitantes. Vozes que se alternam, levando consigo as nossas memórias. No alto, a muralha preside o horizonte. Milhares de seixos recordam-nos da presença do rio. Pío Baroja chegou ao cimo e sucumbiu à sua soberba.

Lucus Augusti, cidade romana. Outros tantos viajantes registam as suas impressões em papel. No verão, aqui, as águas do rio enchem-se de flores. Ainda se ouvem as vozes dos banhistas... A ponte romana é a saída para o sul.

Casa Charles Alberty & Cia (Loty)

O vale do Minho

Lugo, 1920-1936

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1. A muralha

«A muralha de Lugo, que se diz ser de origem romana, é soberba em alguns pontos. Dos seus baluartes descobrem-se belos panoramas. O rio Minho também é soberbo, muito largo, muito azul, com margens frondosas.»

PÍO BAROJA
Sobre a rota do General Gómez pelos caminhos de Espanha. De Oviedo a Santiago de Galiza. Estampa (Madrid. 1928). 16/3/1935, página 39.

Ponte Romana de Lugo [Ponte Velha]
2023

2. A hora do banho

Peça audiovisual que nos imerge nas águas do rio Minho ao passar pela cidade de Lugo e nos remete para um passado centenário. É verão e os banhistas divertem-se ao redor da estância balnear, por detrás da objetiva de Antonio Passaporte, Delgado Guisasola y Arribas.

Retrato de banhistas num trampolim.

Lugo, 1943

Arquivo Municipal. Concello de Lugo.
Colección Delgado Guisasola

Salvador Castro Freire [atribuído]

Família Antonio Fernández Márquez

Lugo, 1926

Arquivo Municipal. Concello de Lugo.
Colección Delgado Guisasola

Retrato colectivo de bañistas no río Miño

Lugo, 1926

Arquivo Municipal. Concello de Lugo.
Colección Delgado Guisasola

Retrato dum homem a pescar numa barca no rio Minho

Lugo, c. 1926

Arquivo Municipal. Concello de Lugo.
Colección Delgado Guisasola

Retrato dum grupo de pessoas á beira do Rio Minho

Lugo, c. 1926

Arquivo Municipal. Concello de Lugo.
Colección Delgado Guisasola

Balneário de Lugo

Lugo, c. 1926

Arquivo Municipal. Concello de Lugo.
Colección Delgado Guisasola

¡Quem me dera, margens
do Minho sereno,
ser um daqueles como os
que em vós tem assento!
com o espaço por teitoteto.

ROSALÍA DE CASTRO
«Eu levo unha pena», em Folhas novas
(Madrid, 1880), 231.